terça-feira, 23 de agosto de 2011

Surpresas



Eu nem queria, não busquei
Simplesmente desacreditei
Foi difícil, só eu sei
Quis parar, esquecer
Deixar passar
Tive medo, sentir dor
Não queria esse amor
Mas fui presa em minha própria teia
Experimentei meu próprio veneno
Veio assim conquistando espaço
Invadindo meu corpo, correndo na veia
Amor
Puro, simples e tranquilo
Daqueles que mexem, daqueles que ficam
Preenchem o peito e trazem alegria
Como uma bonita flor
Que desabrocha a cada dia


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Chegou leve feito brisa
Irradiando alegria, serenidade.
Permaneceu feito chuva
Numa cadência constante, precisa.
Envolveu feito névoa
Atraente, misteriosa, acolhedora.
E assim se deixou ficar
Cúmplice, importante
Mas foi embora como o sol
Triste, em silêncio...
E deixou uma vontade
Um gosto de quero mais
Incrustada na pele
Povoando pensamentos, inspirando sorrisos
Despertando desejos, arrancando suspiros...



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25 de Fevereiro de 2011

   De todas as coisas que já passei nessa vida, essa foi com certeza a mais difícil.
   De todos os traumas, rejeições, complexos...
   De todos os porquês, se, talvez...
   Essa certeza foi a mais dura de todas.
   Há uma mescla de sentimentos tão grandes que acabam gerando um blecaute na minha cabeça.
   Não sinto nada. Não sinto nada agora. só uma dor de cabeça ejoada lá no fundo do meu crânio. Meus olhos pesam, minhas bochechas doem.
   É o reflexo claro  de um choro que está tão preso, tão algemado, silencioso... ele não se debate, não quer sair, parece que quer morrer aqui dentro esse choro.
   Uma ansiedade imensa. Certeza de querer fazer a coisa certa, dúvida se vou conseguir...
   Desejo de abraçar, voltar no tempo, fazer tudo de novo porque foi bom.
   Um amor tão grande, mas tão destrutivo, tão sacrificado, dolorido.
   Na verdade não sinto nada. Não sinto nada agora, mas já prevejo o que vou sentir quando desamarrar esse nó na minha garganta que bloqueia minhas emoções.



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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Retóricas



Esse não é um sentimento novo, esse não é um sentimento bom!

Uma tristeza desabalada no rosto
Um peso imenso na alma
Uma sensação de perda
Uma obrigação de decidir
Uma vontade de fazer
Uma covardia de não falar
Uma mistura de cores e sabores
Cores mortas, acinzentadas...
E sabores bem amargos...

O que acontece quando se sabe que não vai dar certo?
Acaba?
Simplesmente assim?
Não é tão simples, há tanta coisa envolvida...
Talvez nem tenha tanta coisa, mas se não tiver a gente cria.
Em alguns aspectos é tão mais fácil criar do que destruir
Mesmo tendo essa necessidade latente
Meu maior medo é o que mais me atrai.
E as coisas que não posso resolver são as que mais insisto.
Teimosia cretina essa minha!
Vontade louca de me jogar pro alto.
Sim, sim.
Jogar a mim e não as coisas que deveriam ser jogadas.
No final das contas a culpa de tudo sempre bate à porta
Acusa, insiste, manipula...
E a pergunta que se segue é sempre a mesma: Por que?
É uma retórica, ninguém sabe me responder.



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