quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ciúmes


O ciúmes é uma coisa horrível! Uma faca de dois gumes que fere tanto quem sente como de quem se sente.
Fere quem sente porque se vê afrontado, aviltado. Vê suas "posses" em evidência, seu mundinho ameaçado...
Fere de quem se sente pq não deixa de ser uma desconfiança, e desconfiança magoa. Quando se desconfia, pensa-se e diz-se coisas que machucam, que destroem laços, que matam sentimentos.
Ciúmes só é bom quando é de cuidado, de atenção. Pra pessoa saber que a outra te acompanha, tem cuidado com vc, está atento aos outros que estão ao redor. Que realmente se importa.
Quem dera fosse tão doce e simples esse sentimento!!!! Mas ele vem seguido de possessividade, daquele sentimento de que é meu, só meu e se eu pudesse colocaria numa redoma...
A possessividade é tão fácil e boa de sentir, é bom "pertencer" a alguem e ter alguem que te "pertence", mas ela é destrutiva também. Ela envenena o ciúmes que era pra ser de cuidado e o faz ver ameaça em todo lugar. É sem limites, sem piedade...


"Ciúme é o medo de perder aquilo que não temos certeza de possuir"
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Coração


O coração engana muito a gente. Já dizia o velho ditado que ele é terra que ninguém passeia. Concordo! Ninguém passeia, nem nós mesmos...
Quando menos se espera ele prega uma peça trazendo sensações que você não queria sentir, sentimentos que não queria ter. A velha e boa razão sempre nos dá o sinal de alerta, mas o bobo coração sempre, ou na maioria das vezes já nem liga e se entrega.
Perigoso isso! Mais ainda quando não se conhece o terreno que está pisando. Pode ser areia movediça ou um solo fértil e bom, mas assim mesmo lá vai ele se arriscando nessa aventura.
Oxalá que seja firme esse solo, que aguente as secas e enchente, que resista aos ataques dos predadores e parasitas e que no final seja produtivo e esteja apto para dar frutos bons e não ervas daninhas.
Seria demais desejar tudo isso? Talvez sim, mas essa curiosidade pelo desconhecido é bem mais forte, ainda que seja uma loucura. loucura muito gostosa de ser vivida, diga-se de passagem.

Bom... fica aqui uma frase bem clichê...
"...que seja eterno enquanto dure."

"Ps: Espero que dure muito!!!
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domingo, 14 de setembro de 2008

O Muro e Eu - Eu o Muro


Consultando um dicionário descobri que vontade é uma faculdade do querer, e embora o dicionário diga que vontade é sinônimo de desejo, me vejo em um paradoxo entre vontade e desejo. Para mim, neste momento, são diferentes. Vontade é querer, é escolha, é decisão. Desejo é mais intenso, mas não mais profundo. Desejo é aspiração, ambição, vontade de possuir, e como já defini neste termo, desejo é possessivo, animal...

Andei analisando outro termo: consciência. Consciência é a percepção do que se passa em nós e à nossa volta, é a capacidade de julgar a moralidade de nossas próprias ações. Acabei (ou acabo) de viver um terrível paradoxo. Vontade X desejo, vontade X consciência, desejo X consciência. Como já citei, neste momento vontade e desejo estão bem distantes para mim. Argumentando isso melhor posso dizer que vontade são os fundamentos, algo sólido. São ideais plantados e bem regados que viraram grandes árvores. Já o desejo, como algo animal, vem tentando devorar algumas raízes destas árvores que, infelizmente, ficaram pra fora. Desejo é possessivo, e devagar consegue se apossar dos fundamentos que, embora sólidos, recebem grande impacto.

Usando uma metáfora podemos trazer ao exemplo um muro. Se uma pessoa constrói um muro bem alicerçado, com um bom concreto, esse muro dificilmente será derrubado. Aí o dono do muro ao terminá-lo passa duas ou três demãos de tinta e então está pronto para cumprir seu papel de muro.

Mas existe uma forma de atingir esse muro mesmo sem derrubá-lo. Podem vir pichadores, pintores e sujar esse muro. Podem colar cartazes, bater pregos, e mesmo de pé esse muro já não é mais o mesmo. O muro, a vontade, os fundamentos continuam lá, mas os desejos, os cartazes, a tinta, vieram para atingir o muro.

Mas onde entra a consciência na história? Aí é que está. Podemos dizer que a consciência é a dona do muro? Acho que sim. Se consciência é a percepção do que acontece em nós e à nossa volta, então ela se encaixa. O dono do muro queria que ele fosse lindo, mas ele mesmo bateu um prego pra pôr um varal de roupas; não queria que ele ficasse sujo, mas não pôde impedir que forças externas pintassem o muro.

Eis o dilema: Seria a consciência a capacidade de julgar nossas próprias ações? Acho que sim. Mas até que ponto essa capacidade de julgamento está ativada? Até que venha o pesar de ver alguém pixando nosso muro? Ou antes, quando percebemos que nós mesmos colocamos um prego lá?

Só posso dizer que o alicerce continua o mesmo, mas o muro, esse mudou. E muito.


08/04/2007
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sábado, 13 de setembro de 2008

Eu

Eu sou assim
Uma luta constante
Entre o bem e o mal
Entre o dever e o prazer
Sou maluca
Neurótica
Penso muito
Por isso pouco faço
Sou tímida
E extrovertida
Dá pra entender?
Gosto de abraço
Gosto de beijo
Gosto de conversar
E de ficar calada
Quando os outros falam
E falo muito
Quando estou sozinha
Minha mente é uma viagem
Que eu adoro fazer
Pra fugir da realidade
Das trapaças da vida
Que eu odeio
Odeio que mexam nas minhas coisas
Odeio não ter o que quero
Embora tenha tudo o que preciso
Odeio precisar das pessoas
Porque elas sempre nos magoam
Odeio não saber o que dizer
E não ter resposta pra tudo
Odeio ter que ir pra casa
Porque eu não posso ficar na rua
Odeio dar satisfação
Odeio mais quando não me pedem
Odeio
Odeio
Odeio
Odeio amar
Porque amar dói
Mas eu amo
Porque meu coração é bobo
Idiota
Menino
Tenho mais fases do que a lua
Fases de ficar em casa
E de andar na rua
Sozinha
Sozinha se nasce
Sozinha se vive
Sozinha se morre
Sozinha
Pode resumir-se em Só
Palavra pequena
Que faz um estrago grande.

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Vícios


Chega mais perto, mais perto um pouco...
Sei que não deveria fazer isso, mas... Preciso disso agora...
É como um viciado que está tentando se livrar das drogas. Passa um tempo sem ela, mas chega uma hora que precisa consumir pra aplacar as ansiedades do seu corpo...
Preciso de vc agora, ''Minha Droga'', pra acalmar meu coração ansioso. Sei que assim como qualquer tóxico, isso vai me causar grande prazer e felicidade, mas depois virão efeitos colaterais muito sérios...
Mesmo assim preciso...
Me deixa ficar um pouco perto...
Prometo não dizer tantas coisas e prometo ir embora depois. Só preciso ficar um pouco aqui, mesmo calada, mesmo sabendo que seu corpo e sua cabeça não estão aqui, deixa eu pensar por um momento que seu coração está...
Assim como antes...
Isso não vai me devolver minha paz, ao contrário, vai me atormentar mais. Mesmo assim preciso...
Não se preocupe, não ficarei muito tempo... como cheguei do nada, assim vou embora.
Só necessito absorver um pouco da sua presença pra alimentar meus próximos dias sem vc...

"NEQTA?"
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

. . .

À propósito... Eu ando por aí...
Meio perdida, meio perdida,
Perdida e meia...
Ao meio,
Metade perdida...
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Partes


De repente todas as possibilidades te abafam
Aqueles caminhos que estavam já traçados se apertam num nó sufocante.

Pra onde ir? O que fazer?

Cresce nesse ínterim uma ansiedade desgastante que comprime o peito e revira o estômago
Quem dera pudéssemos nos dividir em duas, três, quatro partes de nós mesmos...
Em quantas fosse preciso...

Uma parte de mim hoje ficaria quieta, divagando numa propensa e velada depressão
Repleta de desejos íntimos. Ocultos mas nem tanto, pois são tão á flor da pele que transbordam pelos olhos, lábios e mãos...

Um segundo EU estaria longe, em qualquer canto agitado e barulhento. Em qualquer lugar em que aqueles desejos não tão ocultos pudessem ser mascarados por uma risada falsa talvez, ou um beijo dissimulado, quem sabe...

Na realidade onde todo meu ser queria estar era apenas em um lugar: Combinando todos os desejos que não estariam nessa hora nada encobertos, com os beijos indubitavelmente verdadeiros e deixando escapar, conseqüentemente, dos lábios uma risada autêntica de felicidade!!
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